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Publicações da EDUEM

A construção do atraso: a discussão sobre a lei de informática no Brasil A construção do atraso: a discussão sobre a lei de informática no Brasil

Neste trabalho analisamos o debate em torno da elaboração da Lei de Informática brasileira, aprovada com o intuito de garantir um desenvolvimento tecnológico autônomo ao país. Preocupamos em apontar o quanto o nacionalismo protecionista foi prejudicial ao desenvolvimento econômico do Brasil. Nas discussões realizadas na Comissão Mista do Congresso Nacional fica explícito o esforço de diferentes segmentos políticos em torno de um objetivo comum: conceder, aos empresários e pesquisadores brasileiros, exclusividade no mercado nacional para os produtos que seriam desenvolvidos no país excluindo a concorrência de produtos estrangeiros. Como resultado da aplicação da Lei de Informática, ao invés de números que possibilitassem a comemoração da reserva de mercado para a indústria nacional de informática, deparamos com uma situação melancólica que representou um grande atraso para o Brasil, não só no setor de informática, mas de todos os segmentos da indústria e serviços que ficaram, durante muitos anos, à mercê de equipamentos nacionais obsoletos e caros ou na dependência de autorizações da Secretaria Especial de Informática.

A emigração italiana no Brasil (1925) A emigração italiana no Brasil (1925)

Durante um período de três anos, entre 1922 e 1925, Umberto sala, advogado e ex-combatente da Primeira Guerra Mundial, trabalhou no consulado italiano da cidade de São Paulo. Nesses anos, sua atividade foi intensa, abrangendo desde atividades burocráticas internas ao consulado na capital paulista até visitas, como representante do governo italiano, às comunidades italianas instaladas nas fazendas e cidades do interior. Ao retornar a Itália, em 1925, ainda impressionado pelo que havia visto e vivido no Brasil, Umberto sala resolveu escrever um relatório, reservado, para ser apreciado pelos seus superiores no ministério das relações exteriores da Itália. Tal relatório dava detalhes sobre a vida dos italianos e descendentes que viviam no estado de São Paulo, sobre seu cotidiano nas fazendas e nas fábricas, etc. Sala também apresentava suas reflexões sobre a sociedade, a política e a economia brasileiras, além de aconselhar o governo italiano sobre o que deveria ser feito para que a Itália pudesse ampliar a sua influência no Brasil. Rico de reflexões e informações sobre a coletividade italiana instalada no país, e, especialmente, no estado de São Paulo, é este um documento único, pela primeira vez traduzido e publicado em língua portuguesa. Através dele, podemos visualizar melhor o que foi a experiência dos italianos no Brasil, tanto no campo da economia e do trabalho, como na vida cotidiana, na política e no relacionamento com os brasileiros. O texto, contudo, não é de interesse apenas para os pesquisadores da imigração italiana no Brasil, pois também traz subsídios para entendermos tanto a cultura da elite dirigente italiana daqueles anos, e a maneira como ela via a emigração e os emigrantes, como a própria sociedade brasileira do período. Sobre o autor Umberto sala nasceu em Piano Porlezza (província de como, Lombardia) em 26/6/1893. Formou-se em direito e participou, com o grau de capitão, da primeira guerra mundial. Foi funcionário do consulado italiano em são paulo entre 1922 e 1925, tendo retornado à Itália neste ano. Em 1926, ele assumiu o vice-consulado italiano de ribeirão preto, sendo incerta a sua trajetória nos anos posteriores.

A História do Paraná revisitada A História do Paraná revisitada

A História do Paraná revisitada é uma coletânea que publica os textos do "Prêmio de divulgação científica sobre História do Paraná" promovido pela Associação Nacional de História, seção regional do Paraná (Anpuh/PR). O objetivo do livro é proporcionar a reflexão sobre o conhecimento histórico, bem como divulgar a produção científica de jovens historiadores dos Programas de Pós-Graduação em História localizados no Estado do Paraná. A obra analisa diversos temas da história do Estado, buscando compreender a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas, a partir de uma perspectiva crítica e interpretativa. A experiência do passado, quando submetida a uma metodologia histórica adequada, faz com que os leitores possam ampliar a compreensão do fato histórico. O objetivo principal deste livro não é mostrar uma história tradicional, mas contribuir com os estudos sobre História do Paraná, fazendo um profícuo diálogo com temas fundamentais da nossa história nacional, tais como imigração, colonização, racialização, identidade nacional, controle social, religião, educação, vida urbana, vida cotidiana etc., a partir da análise de um amplo arcabouço de fontes, apontando as similaridades e as diferenças existentes entre uma noção mais geral e um contexto mais específico. Assim sendo, a presente coletânea estimula a discussão sobre a produção da pesquisa histórica, apontando para os pesquisadores e para os leitores, vários instrumentos e métodos de seleção e análise documental, levantamento de hipóteses, bem como múltiplas possibilidades de interpretações sobre os seus objetos de estudos.

A primeira Guerra Mundial: o conflito que mudou o mundo (1914-1918) A primeira Guerra Mundial: o conflito que mudou o mundo (1914-1918)

Este livro tem o objetivo de introduzir, ao leitor brasileiro, um pouco da imensa riqueza informativa disponível na historiografia internacional a respeito da Grande Guerra e que permanece, normalmente, além das possibilidades dos leitores que não sejam fluentes em outras línguas ou que tenham acesso à bibliotecas internacionais. Este trabalho também pretende ter alguns diferenciais frente aos outros livros - poucos - disponíveis sobre o tema em português, fazendo uma abordagem que se pretende mais completa. Dessa forma, ele recuperará as origens do conflito e as suas consequências para o mundo em que vivemos, como a descrição da guerra em si. No entanto, é também seu objetivo sair da história das relações internacionais e da história militar em favor de uma discussão a respeito das grandes questões políticas e dos problemas econômicos que estavam por trás dele e que acabaram por explicar a vitória de um lado e a derrota do outro. Também será abordada a enorme mobilização das sociedades envolvidas no conflito e as mudanças que a guerra causou - nos campos social, cultural, científico e politico - nas sociedades envolvidas e a influência dessas mudanças nos resultados do conflito e no mundo de hoje. A participação brasileira na guerra também será abordada, até para fazer o leitor perceber como o Brasil está ligado ao mundo e que não faz nenhum sentido uma história do Brasil que não se conecte com a história mundial. Diferenciais, pois, para um livro que se pretende um apoio para o leitor interessado em se aprofundar no assunto.

Antônio Vieira: o império do outro mundo e o império deste mundo Antônio Vieira: o império do outro mundo e o império deste mundo

O livro analisa a relação entre as ações de Antônio Vieira no mundo dos homens e sua concepção de que o Reino de Portugal havia sido escolhido por Deus para universalizar o cristianismo. Para o jesuíta era preciso fortalecer econômica, social e politicamente o Reino português, para construir o Quinto Império, o Império de Deus na Terra. Para tanto, era necessário fortalecer o Rei da restauração, o "Estado", a produção e o comércio, e, desta forma, garantir a expansão do Império Português. Ao buscar a universalização do Reino de Deus na Terra, Vieira analisa o mundo material, a guerra, as relações internacionais, a vida política do Reino de uma forma extremamente racional, pois mesmo falando do Céu, tem os olhos na Terra. O trabalho é apresentado em quatro capítulos. Em "o jesuíta e o sapateiro", o cerne da análise são os projetos messiânicos de Vieira. A partir de uma interpretação das trovas de Bandarra, que, segundo seu entendimento era o "verdadeiro profeta", Vieira procura demonstrar que Portugal estabelecerá o "quinto Império" no mundo. O capítulo seguinte, "Sobre cometas e arco-íris" analisa as posições do jesuíta sobre os fenômenos naturais e sobre as explicações que os homens do século XVII produziam sobre tais fenômenos. Nesse capítulo procuramos verificar se Vieira expressa concepções aristotélicas-tomistas e se tem a verdade revelada pelos sábios como fonte do conhecimento. Procuramos ainda analisar se de alguma forma o conhecimento sobre o mundo natural produzido na modernidade é compartilhado por Vieira. O capítulo seguinte, "O império deste mundo", tem como foco questões de caráter político e socioeconômicas. Privilegiamos a discussão sobre a escravidão africana e sobre os cristãos--novos não apenas em razão da relevância desses temas, mas, principalmente, porque essas duas lutas de Vieira foram vistas por analistas como lutas contra as injustiças sociais de seu tempo. De forma diversa, como pretendemos mostrar, consideramos que a abordagem de Vieira sobre os escravos africanos e sobre os homens de negócio decorre de sua concepção de sociedade. Finalmente, no último capítulo, analisamos como o contato com o Oriente e principalmente com a colonização do Brasil, com a construção de um novo mundo, contribuiu decisivamente para a produção de novas relações sociais de novas mentalidades e, por conseguinte, de uma nova cultura religiosa.

As cidades e os povos indígenas: mitologias e visões As cidades e os povos indígenas: mitologias e visões

Foi com imenso prazer e com o apoio da SBPC que abrimos a nossa casa - a Universidade Estadual de Maringá - para que representantes das populações indígenas que vivem no Paraná nos relatassem as impressões que seus povos têm sobre as cidades que foram criadas em seus territórios sagrados, onde estavam seus campos de coleta e de caça e onde estão enterrados seus antepassados. Ficamos profundamente tocados pelas palavras proferidas pelos representantes dos povos indígenas, porque são falas que vieram do fundo da alma. Quando os índios se expressam, fazem-no sempre assim. Falam não apenas com o intelecto, como nós, mas com todos os seus sentimentos. Falam com o coração. Estiveram conosco, em outubro de 1998, o Cacique Kaingang Castorino Almeida, e o Sr. Américo Rodrigues Taimpé, ambos da área indígena do Barão de Antonina em São Jerônimo da Serra - PR; o Sr. Nambla Gakram, Xokleng que vive na área indígena de Ibirama, em Santa Catarina; o Sr. Olívio Jekupé, do povo Guarani da área do Laranjinha -Santa Amélia - PR; o cacique Teodoro Alves, Guarani da área de Ocoí em Foz do Iguaçu - PR, e o Sr. Tikuen Araxó, do povo Xetá que vive hoje na área indígena de São Jerônimo da Serra - PR.

As dimensões da imagem: abordagens teóricas e metodológicas As dimensões da imagem: abordagens teóricas e metodológicas

O livro "Dimensões da Imagem — Interfaces Teóricas e Metodológicas" contempla o resultado de pesquisas que visam compreender a imagem como produto de diversas transformações discursivas. Nessa linha de interpretação, os ensaios ora apresentados tomam a fotografia, a produção cinematográfica, a pintura, o outdoor, a caricatura e a charge como documentos portadores de autonomias próprias, cuja análise requer procedimentos específicos para sua utilização. Trata-se de um trabalho interdisciplinar que reúne historiadores, cientistas sociais e literatos, propondo discussões sobre metodologias de análise apropriadas à abordagem do material fotográfico e fotojornalístico, bem como procedimentos adequados para o trato com a imagem fílmica e publicitá-ria. Ao fazê-lo sugere métodos de análise de distintas modalidades de imagem que permitem potencializar e ampliar ainda mais o campo para a pesquisa científica. A relevância de tais proposições se confirma à medida que a imagem passa a ser reconhecida como fonte de valor inestimável para a compreensão da contemporaneidade, deixando de ser percebida apenas como ilustração da pesquisa nas ciências humanas. Elevada à condição de documento, desde as décadas finais do século XX, as diversas modalidades da imagem tornaram-se capazes de despertar e denunciar uma determinada realidade, corroborando para a preservação da memória social e atuando no campo das percepções visuais e das representações mentais. Os ensaios apresentados nessa coletânea são, em sua maioria, resultantes das reflexões de pesquisadores envolvidos com o Laboratório de Apoio à Pesquisa e Documentação Imagética (LAPDI) e também de professores convidados da Universidade Estadual de Maringá e de outras Instituições de ensino que também priorizaram a imagem em suas abordagens. Nesse sentido, os autores tendem a problematizar a documentação imagética no contexto de sua produção e a oferecer exercícios de leitura de distintos tipos de imagem de modo a auxiliar a instrumentalização técnica aos leitores interessados, fornecendo-lhes subsídios que permitam a decodificação do conjunto de signos que constituem a mensagem visual.

As guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924) As guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924)

Existe hoje no Paraná mais de vinte Terras Indígenas, ocupando as diversas regiões do estado desde o litoral até as margem do rio Paraná, abrigando uma população em torno de doze mil índios entre Kaingang, Xokleng, Guarani e Xetá. A evidente presença indígena no Paraná não foi registrada pela história da região e o objetivo da primeira parte deste trabalho é mostrar como se construiu a idéia do vazio demográfico. Pois, na maioria dos discursos oficiais, em livros didáticos, nas obras sobre o pioneirismo, nos trabalhos acadêmicos que tratam da ocupação/colonização regional a partir de 1930, é comum se encontrar a afirmação de que essas terras eram "devolutas", "selvagens", "desabitadas", "estavam abandonadas", eram "virgens", "selváticas", um "sertão bravio". Dessa forma elas estavam desabitadas, vazias, prontas para serem ocupadas e colonizadas. É o mito do vazio demográfico. Ao lado dessa falácia, a sociedade envolvente apagou um dos sujeitos da história: os povos indígenas. A ocupação da região é tida como pacífica, sem lutas ou resistências, uma vez que, os povos indígenas simplesmente não existiam. Isso é o que demonstramos na primeira parte desse livro. Na segunda e terceira partes, buscaremos resgatar a presença e a resistência indígena, tendo como marco suas relações interculturais com a sociedade envolvente. Abordaremos as formas de luta e resistência dentro da perspectiva histórica/antropológica que considera as ações das sociedades indígenas enquanto ações políticas, mesmo que assimétricas. Essa perspectiva põe em relevo a capacidade política das sociedades indígenas de pensar suas relações com o outro. Sua capacidade de serem sujeitos de sua própria história, de desenvolverem políticas para manterem seus territórios e a sua continuidade enquanto populações diferenciadas entre si e dos brancos. Suas relações interculturais com os agentes da conquista implicaram em mudanças culturais internas, mas não se deve colocar a subordinação enquanto uma resultante absoluta do contato. Não ocorreu a homogeneização esperada e nem sua dissolução total na sociedade nacional. Os grupos indígenas no Paraná reelaboraram suas concepções de sociedade e de mundo, mas mantiveram suas línguas, parcelas de seus territórios, seus modos próprios de ocupação do espaço e construção do tempo mesmo que relacionada a novos contextos históricos.

Guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924) Guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924)

As Guerras dos Índios Kaingáng é um texto de muitas qualidades: enriquece a história do Estado do Paraná, ao preencher uma lamentável lacuna que há mutilava o sentido do encontro entre civilizações diferentes, entre o índio e o branco. O autor demonstrou ainda que com paciência, disciplina de trabalho e entusiasmo pelo saber é possível encontrar entre relatórios, cartas, informes etc o fio condutor da trajetória de um povo. Com isso, três coisas ficaram evidentes: 1) a riqueza que os documentos históricos significam e sua propriedade de preservar a memória; 2) a importância política, social e cultural dos estudos sobre etno-história; e 3) o registro da história Kaingáng, que a eles retorna para avivar lembranças passadas, e também como testemunho do cruel destino que o colonizador lhes impôs. Seguramente, o leitor atento saberá colher outros ensinamentos do livro de Lúcio Tadeu Mota. (In Prefácio, de Carmen Junqueira).

Brazil-U.S. Relations in the 20th and 21st centuries Brazil-U.S. Relations in the 20th and 21st centuries

This book studies relations between Brazil and the USA during the 20th century and outlines some perspectives for the start of the 21st century. Issues related to a wide variety of aspects of the relationship are addressed by bringing together a number of texts by Brazilian and American historians and political scientists. The reader will find studies relating to different historical periods on the economic, political, military, social and cultural relations of these two countries.

Cartas econômico-políticas sobre a agricultura e comércio da Bahia (1807) Cartas econômico-políticas sobre a agricultura e comércio da Bahia (1807)

Neste volume, reeditamos uma coletânea de cartas escritas na Bahia em 1807 e publicadas originalmente em 1821 pela Imprensa Nacional, em Lisboa. Entre seus autores, contam-se o desembargador e deputado nas Cortes Constituintes de 1821 João Rodrigues de Brito e Manoel Ferreira Câmara, o famoso Intendente Câmara. Tais Cartas constituem um documento de elevado valor histórico, pois abordam os problemas da sociedade colonial brasileira na perspectiva teórica da então nascente Economia Política. Trata-se de um documento de época singular, rico de informações sobre as condições da sociedade brasileira nos primórdios do século XIX. O documento teve origem num inquérito econômico encomendado pelo Príncipe Regente Dom João, em 1807, para averiguar a procedência de queixas formuladas por moradores da Bahia. A Carta de Rodrigues de Brito, a mais densa, ocupa cerca de 100 páginas e abrange uma ampla gama de assuntos que vão do exame dos regulamentos sobre comércio e agricultura à análise das condições sanitárias, dos cemitérios, da infra-estrutura, do sistema de pesos e medidas, da região, da educação, da escravidão, da imigração, do policiamento, das eleições, do crédito, da lei de falências, do funcionamento do sistema judiciário, da tributação, da organização urbana, etc. Trata também, o que é surpreendente para a época, do papel da mulher na sociedade. Como se vê, a resposta de brito examina todas as questões essenciais ao funcionamento da sociedade colonial, às vésperas da grande mudança representada pela abertura dos portos e pela revogação das restrições à "liberdade de indústria". Aliás, o texto de Rodrigues de Brito, assim como o de Ferreira da Câmara, constitui um indicativo de que essas medidas liberalizantes já eram moeda corrente no debate político da elite luso-brasileira naquele começo de oitocentos. Assim, parodiando Marx quando este tratou do golpe de Luiz Bonaparte, os atos assinados por Dom João em sua chega ao Brasil, rompendo com as antigas práticas mercantilistas, não caíram como um raio num dia ensolarado. A liberalização econômica de 1808 já estava sendo preparada no campo das idéias e os próprios termos usados no inquérito econômico mandado realizar pelo Príncipe Regente são indicadores seguros de que as novas idéias já estavam presentes na própria linguagem usada por círculos importantes do Estado português

Cultura e diversidade cultural: Questões para a educação Cultura e diversidade cultural: Questões para a educação

Este livro tem como tema central a questão da diversidade e sua importância para a educação uma vez que a escola é espaço privilegiado para a apropriação de conhecimentos. A educação escolar necessita ser acessível a todos e a escola deve proporcionar, não apenas o ingresso, mas a aprendizagem efetiva dos conhecimentos produzidos pela humanidade.

Geopolítica, defesa e desenvolvimento: a primeira década do século XXI na América Latina e no mundo Geopolítica, defesa e desenvolvimento: a primeira década do século XXI na América Latina e no mundo

Na primeira década do século XXI, temas antes considerados "ultrapassados", como o desenvolvimento nacional, a geopolítica e questões de defesa voltaram a ordem do dia. O presente livro procura contribuir para a análise desse novo momento da História. Para tanto, reúne artigos diversos, escritos sempre a partir da perspectiva teórica do historiador, sobre tais temas. Dessa forma, o livro aborda temas vinculados à história contemporânea e, especialmente, sobre a primeira década do século XXI. Questões relacionadas à geopolítica (como a reformatação geopolítica do mundo hoje, com ênfase para os papéis de Estados Unidos, da Europa, da Rússia e da China) e defesa (como os dilemas do poder militar brasileiro ou o o equilíbrio militar e estratégico na América Latina) são a tônica do livro, assim como o tema do desenvolvimento nacional. Nesse sentido, há uma ampla discussão sobre os possíveis modelos internacionais para o desenvolvimento econômico do Brasil e seus dilemas, os possíveis modelos para o desenvolvimento e crescimento econômico brasileiro e outros tópicos que, certamente, auxiliarão o leitor a uma melhor compreensão do tempo presente.

Geopolítica e relações internacionais na virada do século XXI: uma história do tempo presente Geopolítica e relações internacionais na virada do século XXI: uma história do tempo presente

Com o fim do Muro de Berlim em 1989 e o fim da União Soviética em 1991, terminou a Guerra Fria e o assim chamado "curto século XX". O mundo entrou numa nova era, marcada por instabilidade, reorganização do espaço geopolítico global e a emergência de novos conflitos. O presente livro procura contribuir para a análise desse novo momento da História. Para tanto, reúne artigos diversos, escritos sempre a partir da perspectiva teórica do historiador, sobre assuntos que marcaram os últimos quinze anos da política internacional. Dessa forma, o livro aborda temas vinculados à História Contemporânea, em sua grande maioria ligados ao século XX. Outros artigos, como não poderiam deixar de ser, remetem-nos para o momento presente. O leitor encontrará, assim, textos sobre as grandes guerras do século XX, a Guerra Fria, a desagregação do mundo soviético, a chamada Nova Ordem Mundial, a nova Rússia, os conflitos nos Bálcãs, no Oriente Médio e em diferentes regiões do planeta, o racismo, o Neonazismo, o Fundamentalismo Islâmico, os Direitos Humanos, o Mercosul e outros tópicos que, certamente, auxiliarão o leitor a uma melhor compreensão do tempo presente.

História do Paraná: séculos XIX e XX História do Paraná: séculos XIX e XX

História do Paraná: séculos XIX e XX é uma obra que analisa diversos temas da história do Estado, buscando compreender a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas, a partir de uma postura crítica e interpretativa. A análise do passado, quando submetida a uma metodologia histórica adequada, faz com que os leitores possam ampliar a compreensão dos fatos históricos. O objetivo principal deste livro não é mostrar uma história tradicional, mas contribuir para o entendimento da história do Paraná, sempre levando em consideração as experiências sociais do nosso povo, no tempo e no espaço. Portanto, o livro não abarca todos os temas fundamentais da história do Paraná. Houve uma seleção de assuntos. O livro parte de um perfil bem definido: a história vista a partir dos seus movimentos sociais, políticos, econômicos e culturais. Para isso, definiu-se analisar aqueles movimentos mais importantes e as mudanças estruturais que marcaram o Paraná dos séculos XIX e XX.

História, memória e patrimônio História, memória e patrimônio

Os textos que compõe esta coletânea possuem determinada preocupação temática com a questão da memória e sua apreensão no ambiente social e político. Refletir sobre a memória social tem sido um meio fundamental de se abordar os problemas do tempo e da História e de percebê-la em momentos de retração ou de transbordamento. É nesse sentido que os lugares da memória ganham destaque nas análises realizadas pelos autores. Entre esses lugares podemos destacar: os “funcionais”, como as biografias, os memoriais e os depoimentos de sujeitos sociais e políticos; os “simbólicos”, como as peregrinações e os seus emblemáticos ritos e espetáculos religiosos; os “monumentais”, como os cemitérios e outros monumentos; e os “topográficos”, como os museus, os arquivos e as bibliotecas. Assim sendo, os autores utilizam importante e atualizada literatura, visando embasar as preocupações teóricas de cada um dos capítulos desse livro e contribuir para aprofundar os estudos no campo das ciências humanas, dando suporte teórico e pistas para a reflexão empírica. "História, memória e patrimônio" é uma obra que reúne estudos de historiadores, antropólogos, sociólogos e cientistas políticos, cujo objetivo comum centra-se na interpretação dos problemas e das metodologias apresentados, a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Nessa linha de abordagem, prima pela reflexão em torno de temas como biografias, memórias, museus e patrimônio histórico, cultural e religioso. Desse modo, o presente livro estimula a discussão sobre o campo da produção da pesquisa histórica, apontado ao pesquisador, variados instrumentos e métodos de seleção documental, hipóteses, interpretações e possibilidades de escritas acerca dos seus objetos de estudos.

Integralismo: problemas, perspectivas e questões historiográficas Integralismo: problemas, perspectivas e questões historiográficas

O Integralismo tem se consolidado como um campo de estudos dentro da historiografia brasileira, especialmente dentro da história política, da social e das idéias políticas. Ano após ano, o volume de teses, dissertações, livros e artigos que abordam aspectos do movimento se torna cada vez maior e se torna complexa, para o historiador que está se iniciando nos estudos do tema, a tarefa de se orientar na massa de textos já produzidos a respeito. Como não podia deixar de ser, essa historiografia é desigual em volume e profundidade. Alguns temas mereceram particular atenção e há um bom volume de textos e informações disponíveis. Outros, apesar de relevantes, mal foram abordados e outros, ainda, foram muito estudados sobre um enfoque específico, mas ainda poderiam ser analisados sob outros ângulos, com novas abordagens teóricas ou fontes documentais. Para cada uma dessas situações, o livro oferece respostas diversas. Quando há um volume relevante de conhecimento já disponível, ele comenta os textos e procura dar, ao leitor iniciante, um quadro geral sobre a questão, enquanto que, para temas pouco explorados ou que merecem novos enfoques, são elaboradas hipóteses e oferecidas sugestões. A ideia é que a pessoa interessada no integralismo possa, a partir desse trabalho, caminhar com suas próprias pernas, mas já tendo um quadro de conjunto com que iniciar sua pesquisa. O livro, pois, não se destina a um público leigo e nem para o especialista em uma dada temática, mas sim para um leitor que está interessado na Ação Integralista, que já conhece, em linhas gerais, sua trajetória e que quer se informar melhor sobre o que já foi feito e no que sua colaboração poderia ser relevante. Dessa forma, o livro é dividido em vários eixos (bases sociais, origens e bases ideológicas, relações internacionais, jogo político, dinâmica interna e o integralismo depois de 1938), os quais, por sua vez, são divididos em dezenas de itens. O resultado é um livro com partes desiguais tanto em densidade como em tamanho (refletindo a própria historiografia do movimento), mas que, no conjunto, oferece uma colaboração relevante a todos os que procuram entender melhor o fascismo brasileiro dos anos 1930 e além.

Kaingang do faxinal: Nossos conhecimentos e nossas histórias antigas Kaingang do faxinal: Nossos conhecimentos e nossas histórias antigas

“Já faz bastante tempo que queríamos registrar, de alguma maneira, as histórias que os velhos de nossa aldeia contam. Esta sempre foi uma preocupação de nossas lideranças, nosso cacique. Quando nossos professores bilíngües começaram a participar dos cursos de formação de professores indígenas em nosso Estado, foram incentivados a escrever livros para usarmos na escola de nossa aldeia (...). Com o apoio financeiro recebido e com a ajuda dos parceiros, agora conseguimos realizar mais este projeto e temos um livro contando um pouco de nossas histórias, nossos conhecimentos, nossos mitos que, estando escritos, podem ser conhecidos por muitas pessoas dentro e fora de nossa aldeia (...) (Retirado de Apresentação).

Maringá e o Norte do Paraná: estudos de história regional Maringá e o Norte do Paraná: estudos de história regional

Este livro é uma viagem multidisciplinar à história do Município de Maringá e da região que o envolve, o Norte do Paraná. Ele reúne um vasto e diversificado conjunto de estudos que pretendem, mediante enfoques rigorosos, superar as generalizações apressadas e a forte tendência entre os pesquisadores sociais brasileiros de concentrarem suas atenções nas grandes cidades e nos centros político-administrativos hegemônicos. Muitos artigos são sínteses de investigações desenvolvidas em teses de doutorado e dissertações de mestrado. Somente alguns foram escritos especialmente para o livro. Em ambos os casos, podem ser encontradas amostras bastante representativas do estado atual das Ciências Humanas praticadas no Brasil. Assim, ao lado de temas clássicos, como colonização, movimentos sociais, instituições públicas, partidos políticos, educação e identidades coletivas, aparecem vários exemplos dos chamados novos objetos, como os estudos de gênero, de práticas médicas, de políticas de saúde, de etno-história etc. Os organizadores dispensaram qualquer intenção uniformizadora. Embora os artigos versem sobre Maringá e/Ou o Norte do Paraná, não existe interligação conceituai, metodológica e político-ideológica entre eles. Há, até mesmo, casos de grandes e irreconciliáveis divergências entre os autores. O que realmente se buscou foi o pluralismo de temas e de abordagens. Esta coletânea expressa, também, os resultados de uma contradição histórica. A UEM foi fundada, em 1969, no bojo da reforma universitária introduzida pela ditadura militar. Entre os diversos desdobramentos dessa reforma, esteve o esvaziamento pensado e repensado dás Ciências Humanas - tradicional campo em que vicejava o pensamento crítico - através das então denominadas Licenciaturas Curtas: História e Geografia, como se sabe, foram dissolvidas no leito de uma disciplina, ampla e vaga, denominada Estudos Sociais. No contexto da resistência ao projeto de universidade cunhado pelos militares e seus assessores civis, deu-se a luta contra as licenciaturas curtas e pela reintrodução das disciplinas de História e Geografia e, concomitantemente, sedimentou-se uma ampla produção de conhecimento crítico sobre a experiência da região. Em suma, a UEM se integrou ao desenvolvimento da região de forma complexa. Por um lado, trouxe contribuição decisiva através da formação de recursos humanos, tecnologias e prestação de serviços. Por outro, não foi menos importante seu papel na disseminação de uma reflexão crítica e independente sobre os rumos do Município, da região norte-paranaense e do Estado do Paraná corno um todo. É uma amostra dessa ação científica, pedagógica e cidadã que o leitor tem à sua disposição nesta coletânea.

Nas águas de Lobato: uma micro-história construída a partir das falas de seus moradores Nas águas de Lobato: uma micro-história construída a partir das falas de seus moradores

Entre 1948 e meados de 1970, uma sociedade formada por um conjunto de núcleos sociais relativamente autônomos construiu e habitou a zona rural de Lobato, município localizado a 462 km de Curitiba, ao norte do estado do Paraná. A sociedade, em sua forma geográfica, era composta por propriedades rurais demarcadas a partir dos córregos ou Águas existentes na área sobre a qual o Município foi fundado. Em sua forma social, as Águas apresentavam uma organização voltada, sobretudo, para a vida em coletividade.