Dessa forma, o presente livro procura contribuir para a análise desses regimes, movimentos e ideologias, autoritários e totalitários, especialmente, mas não só, para o período entre as duas guerras mundiais. Para tanto, reúne artigos diversos sobre tema como fascismo, o nazismo, o integralismo brasileiro, a repressão contra os súditos do Eixo da Era Vargas e outros que, certamente, auxiliarão o leitor a uma melhor compreensão da problemática.
Publicações da EDUEM
O público ledor de Maringá tem em mãos, finalmente, a aguardada reedição de um clássico da literatura regional, o livro Terra Nua, de autoria do advogado e ex-vereador Jorge Ferreira Duque Estrada por meio da qual narra e interpreta fatos relacionados com a origem de Maringá, seus organizadores são Reginaldo Benedito Dias, Sérgio Gini e Miguel Fernando Perez Silva.
O ano de 1984 foi marcado por grandes mobilizações populares no país, particularmente pela campanha diretas-já para presidente da República. Os trabalhadores fortaleciam a recém-criada CUT, que tinha convocado, no ano anterior, importante greve geral. Os estudantes articulavam, com habilidade, as mobilizações por bandeiras democráticas com reivindicações especificas. No Paraná, as mobilizações mais marcantes se deram em universidades pagas. Além do movimento estudado por este livro, houve ocupação da reitoria na Universidade Católica, greve com ocupação na Faculdade de Paranaguá, amplo e vitorioso boicote às mensalidades na Fecivel (Cascavel), mobilizações na UEL etc. Foi uma conjuntura de grande efervescência para o movimento estudantil paranaense, que começa a receber, merecidamente, a devida atenção de trabalhos acadêmicos. Não posso me esquecer das árvores do campus da UEM, decoradas, em 1982, com frutas de papel simbolizando a chapa "Outras Palavras' que levou à direção do DCE o grupo político que viria a dirigir o movimento de ocupação da reitoria. No ano seguinte, eu voltei à UEM para contribuir com a chapa "Próximos Passos". Essas campanhas romperam com os discursos carregados de palavras de ordem e sintonizaram-se com a "cara" da juventude dos anos 1980, com disposição de lutar por inúmeras bandeiras, mas sempre com alegria. A ocupação da reitoria da UEM, eu penso, foi uma ação bastante radicalizada (a ocupação dos prédios administrativos e do centro de poder), mas nem por isso isolada, contando com um grande número de participantes. Um dos resultados dessa luta foi a introdução, nos anos seguintes, da gratuidade nas universidades estaduais. Também contribuiu para formar a consciência de muitos jovens que, ainda hoje, encontro engajados em lutas sociais, nas universidades, nas escolas, movimentos sindicais e nos partidos políticos de esquerda. Que a memória daqueles anos de luta seja um estimulo às novas e velhas gerações na luta por suas utopias, com combatividade, mas sem perder a ternura e a alegria!
Este vocabulário Xetá constitui parte dos dados lingüísticos coletados por Ayron Dall’Igna Rodrigues junto aos remanescentes Xetá, os quais, na década de 1960 do século passado, viviam na fazenda Santa Rosa, no vale do rio Ivaí, época em que a língua Xetá ainda era plenamente falada pelo pequeno grupo sobrevivente ao extermínio que dizimou seus demais integrantes. Foram reunidos neste primeiro vocabulário de língua Xetá dados lexicais representativos de vários campos semânticos, a maior parte deles ilustrada com desenhos feitos pelos Xetá. O registro fonético dos dados lingüísticos Xetá teve a preocupação de representar maximamente as variações de pronúncia de cada palavra ou enunciados maiores. Espera-se que este vocabulário seja o primeiro de uma série de materiais que alimentam a vontade indescritível e crescente desse povo de manter a identidade Xetá.
Os Xetá foram o último grupo indígena constatado no Paraná quando a frente de ocupação cafeeira chegou nos seus territórios do baixo rio Ivaí no final da década de 1940 e início de 1950. Mas, a presença dos Xetá, na bacia do rio Ivaí e seus afluentes, foi registrada quando expedições financiadas pelo Barão de Antonina fizeram contato com alguns grupos no médio rio Ivaí em 1840. Desde então, por mais de 100 anos, têm-se notícias, relatos, descrições e informações oficiais do governo do Paraná se do governo brasileiro sobre esse povo em tais territórios. O livro propõe acompanhar a trajetória dos Xetá nos seus antigos territórios no vale do rio Ivaí desde o século XIX até 1920. Os relatos são apresentados em ordem cronológica como foram escritos enquanto fontes indispensáveis para a história desse povo. Esta publicação se insere no projeto Jané Rekó Paranuhá (O Contar de Nossa Existência) - Programa Interinstitucional e Multidisciplinar de Pesquisa sobre o Povo Xetá. Este projeto foi resultante de um plano de trabalho traçado, em conjunto com a comunidade Xetá, para contemplar vários aspectos da sua vida social, cultural e histórica. Definiu-se pela criação de um Programa Interinstitucional e Multidisciplinar de pesquisa sobre o povo Xetá, que envolveu pesquisadores da UEM - Universidade Estadual de Maringá, UNB - Universidade de Brasília, UFMT - Universidade Federal do Mato Grosso, do Museu Paranaense, técnicos da Secretaria de Educação do Estado do Paraná e membros da comunidade Xetá no Paraná. Teve como objetivo a implementação de um Programa Interinstitucional e Multidisciplinar de pesquisa, revitalização e divulgação do legado cultural (material e imaterial) do povo Xetá aos seus remanescentes, aos órgãos institucionais e a sociedade em geral.